Primeira parte da Trilogia do Silêncio ou Trilogia da Fé.
O filme conta a história de Karin, que resolve passar as férias numa ilha isolada com seu pai, seu irmão e seu marido.
Karin é a chave central do filme; através dela toda a trama se desenrola. O pai, um escritor egoísta que largou a família para se dedicar à arte; gosta de escrever temáticas que questionam a existência de Deus, apesar de as vezes não saber ao certo em que acreditar. O marido, um cético que a ama e tenta resgatar Karin de um vazio em que ela mesmo se afogou. O irmão, também carente de atenção do pai, faz de tudo pra chamar a atenção; apesar de aparentemente ser um sóbrio, é com os delírios de sua irmã que ele mais percebe a realidade que o cerca.
A depressão de Karin é tão intensa, que para cada um ela gerou um sentimento específico: ao pai, o ódio; o marido, a repulsa sexual; o irmão, o amor. Amor este que em uma cena específica fica subentendido as tentativas de Karin em tentar uma relação incestuosa.
E, por este filme fazer parte de dois rótulos importantes, A Trilogia do Silêncio se dá ao fato do sofrimento interno, a incompreensão, e a Trilogia da Fé aos constantes questionamentos da existência de Deus (e, para Karin, suas aparições misteriosas).
E é nessas aparições que as últimas cenas do filme se desenrola, por fim, após o surgimento de Deus perante à Karin, ao pai e ao marido.
Em contrapartida, na última cena, vemos um diálogo de pai e filho mais otimista sobre a existência do Divino.
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